A Teoria dos Papéis

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Em casa, sou o chefe de família;
No trabalho, o balconista;
No bar, sou o contador de piadas;
No estádio, o torcedor pé frio.

Em cada lugar, em cada relação e em cada situação, desempenhamos um papel. É em torno deste ponto principal que o sociólogo austríaco Peter Berger desenvolveu sua “teoria dos papéis”. Nos grupos sociais, se estabelece a posição de cada integrante e o papel que lhe cabe como o conjunto de condutas que dele se espera. É como uma espécie de regras para o bom funcionamento dos grupos.

“Quase sempre desejamos exatamente aquilo que a sociedade espera de nós. Queremos obedecer às regras. Queremos os papéis que a sociedade nos atribuiu”, afirma Berger. Para ele, a identidade é atribuída, sustentada e transformada socialmente, sendo que até mesmo as identidades que julgamos constituir a essência de nossas personalidades foram socialmente atribuídas.

Tais ideias se afinam com a trajetória de formulação da Ágora no que se refere à inevitável conexão do eu com o outro.